Gênio e talento.

20 02 2010

 “O filósofo tinha muito a dizer da diferença entre o homem de gênio e o de talento. Além de comentar que o homem de talento atinge um alvo que os outros não conseguem, enquanto o gênio atinge um alvo que os outros não conseguem ver, disse que o homem de talento é moldado conforme as necessidades da época e capaz de atender tais necessidades, mas a geração seguinte de leitores já não conhece a sua obra. (…)’O homem de gênio brilha no tempo como um cometa entre os planetas. (…)Não pode seguir lado a lado da cultura, mas bem à frente dela.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





A estupidez

20 02 2010

 “Num jantar, um jovem perguntou algo ao filósofo e teve como reposta apenas ‘Não sei’. O jovem então comentou:_Ora, pensei que o senhor, um grande sábio, soubesse tudo._Schopenhauer disse então:_Não, o conhecimento é limitado. Só a estupidez é ilimitada.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





Simples fato de existir.

20 02 2010

“Não devemos nos preocupar em como as coisas são, mas nos maravilharmos por elas serem, por exitirem.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





Amar o seu destino.

10 02 2010

“Entendeu que as palavras de Nietzsche significavam que era preciso escolher sua vida_ele tinha de usufruí-la em vez de ser ‘usufruído’ por ela. Em outras palavras, tinha que amar seu destino. E, acima de tudo, havia a pergunta que Zaratustra sempre fazia_ se gostaríamos de repetir a mesma vida eternamente. Uma idéia curiosa e, quanto mais Julius pensava nela, mais seguro se sentia: a mensagem de Nietzsche para nós era viver de forma a querer a mesma vida sempre.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





Apagando os rastros.

10 02 2010

“Julius saiu atordoado do consultório de Philip. Desceu a escada apoiado no corrimão, trôpego, e cambaleou ao sair na luminosidade do dia. Ficou em frente ao prédio, sem saber se virava à esquerda ou à direita. A liberdade de uma tarde sem compromissos trouxe confusão em vez de alegria. Julius sempre foi uma pessoa ocupada. Quando não estava atendendo pacientes, tinha projetos e atividades(escrever, dar aulas, jogar tênis, pesquisar) exigindo sua atenção. Mas, naquele dia, nada parecia importante. Ele desconfiava de que nada jamais teve importância, sua cabeça deu importância a coisas e depois, esperta, apagou os rastros. Naquele dia, ele enxergou através do emaranhado de uma vida.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





A linda mulher vazia.

9 02 2010

“Ensaio ‘A linda mulher vazia’, que dizia que a mulher muito bonita costuma ser tão festejada e gratificada pela beleza que deixa de se esforçar. Sua segurança e sucesso são apenas superficiais e, quando a beleza acaba, ela sente que tem pouco a dar: não aprimorou a arte de ser uma pessoa interessante nem a outra arte, de se interessar pelos outros.”

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





A meta final de praticamente todos os esforços humanos.

9 02 2010

“Depois do amor à vida, o sexo é a maior e mais ativa força e ocupa quase todas as vontades e pensamentos da porção mais jovem da humanidade. Ele é a meta final de praticamente todos os esforços humanos. Exerce uma influência desfavorável nos assuntos mais importantes, interrompe a toda hora as ocupações mais sérias e às vezes inquieta por algum tempo as maiores mentes humanas. (…) o sexo é realmente o alvo invisível de toda ação e conduta e surge em toda parte, apesar dos panos que são jogados em cima dele. Motivo de guerra e objeto da paz, (…) fonte inesgotável da razão, chave de todas as insinuações e sentido de todas as pistas misteriosas, de todas as ofertas silenciosas e olhares roubados, é nele que pensam os jovens e, com freqüência, os velhos também; no que pensam os impudicos todas as horas e a fantasia recorrente e constante dos pudicos, mesmo contra a vontade deles. Se considerarmos tudo isso, somos levados a perguntar: por que tanto barulho e confusão? Por que tanta pressa, tanto tumulto, angústia e empenho? Trata-se apenas de cada João encontrar sua Maria. Por que tal ninharia é tão importante e costuma trazer distúrbio e confusão na vida do homem? “Embora os dois envolvidos ignorem, o verdadeiro fim de toda história de amor é gerar uma criança”, continua ele. “Portanto, o que realmente dirige o homem é um instinto dirigido para o que é melhor para a espécie, embora o homem pense que procura apenas a intensificação do próprio prazer”.

Irvin D. Yalom. Livro “A cura de Schopenhauer”.





As 3 origens da felicidade.

3 02 2010

“(…) a relativa felicidade tem três origens: o que se é, o que se tem e o que se é para os outros. Ele sugere que nos fixemos apenas no primeiro item, não em ter e no que os outros pensam de nós, porque não podemos controlar essas coisas, elas podem e serão tiradas de nós, da mesma forma que o envelhecimento vai levando a beleza. Na verdade, diz ele, possuir tem um outro lado, pois o que possuímos acaba nos possuindo.”

Irvin D. Yalom . Livro “A Cura de Schopenhauer”.





Natureza insaciável.

3 02 2010

“Kierkegaard dizia que algumas pessoas tem duplo desespero, isto é, estão desesperadas, mas nem sabem. Você deve estar nesse desespero duplo. Quero dizer o seguinte: grande parte do sofrimento de uma pessoa vem por sentir desejo, realizá-lo, ter um instante de saciedade que logo se transforma em tédio e, por sua vez, é interrompido pelo surgimento de outro desejo. Schopenhauer achava que era essa a condição humana universal: desejar, saciar-se, entediar-se e desejar outra vez.”

Irvin D. Yalom . Livro “A Cura de Schopenhauer”.





Pela metade.

3 02 2010

“Ter muitas ligações é fundamental para uma vida plena e evitá-las por achar que causarão sofrimento é uma boa receita para viver só pela metade.”

Irvin D. Yalom . Livro “A Cura de Schopenhauer”.